Salário mínimo 2022: maior aumento em seis anos

Salário mínimo 2022 conta com maior aumento em seis anos com base no aumento da inflação, mas não terá ganho real. Entenda!
Por em 19/11/2021 - atualização: 08/12/2021 - 21:15

É evidente que a inflação no ano de 2021 está sendo elevada, com base na própria Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, e por isso, consequentemente o salário mínimo de 2022 terá o seu reajuste anual. Dessa forma, se a previsão realizada pela secretária for mantida, será o maior aumento em seis anos.

Porém, antes de mais nada vale destacar que o Ministério da Economia vem sentindo dificuldades para obter uma previsão certeira. A prova disso é que essa foi a quarta vez de uma divulgação do possível número da inflação.

No começo do ano o índice aguardado seria de 6,9% e logo após, foram modificados nas porcentagens de 8,4% e 9,1%. Com isso, a última projeção foi de uma inflação de dois dígitos, terminando com 10,4%.

Aumento previsto do salário em 2022

Com base na constituição, o salário mínimo deve ter o seu reajuste de acordo com a inflação atual. Por isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor é de extrema importância, para que o governo consiga ter uma base e assim, promover o aumento. De acordo com o INPC, a previsão seria de 10,04%, dessa forma, o piso nacional terá um ”ganho” proporcional com a inflação.

Por isso, o reajuste do salário mínimo em 2022 seria o maior dentro de seis anos, pois apenas em 2016 a elevação foi maior, sendo de 11,6%. Então, a expectativa seria de que o piso nacional vá de R$ 1.100,00 e tenha o aumento para cerca de R$ 1.210,44.

Salário mínimo: O aumento dará poder de compra?

Tendo em vista os números que estão previstos até o presente momento, o salário mínimo não terá um ganho real para os cidadãos. Ou seja, esse aumento seria apenas para igualar com a inflação estabelecida, mas não daria ao trabalhador um real poder de compra, pois os gastos seriam igualitários.

Para que exista um ganho real, o aumento do salário mínimo deve ser superior ao número da inflação e não igualitário.

Porém, de acordo com o governo não há expectativas de um aumento real por causa da falta de verbas. Dessa forma, fica sendo cumprido apenas o que consta na Constituição, que seria o aumento conforme a inflação, seguindo a mesma porcentagem.

Além da preocupação do governo com impacto do salário mínimo, o maior problema seria os benefícios do INSS, pois segundo a estimativa econômica, para cada real aumentado no salário mínimo, cerca de R$ 315 milhões a mais sairão dos cofres públicos para realização dos pagamentos de aposentados e pensionistas.

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